terça-feira, 27 de março de 2018

25. Andreola Tennis Cup - Clube Cruzeiro

     Sem dúvidas, o torneio mais tradicional da serra gaúcha. É o nosso 'MAJOR' !!!

     Prestigie, no Clube Cruzeiro, em Caxias do Sul.


quarta-feira, 21 de março de 2018

Pat Etcheberry conta um pouco de seu segredo.

Pat Etcheberry, maior nome da preparação física de tênis no mundo, conta um pouco de seu segredo.
POR: Rodrigo Linhares A MAIS DE 10 ANOS ATRAS (Revista Tênis) - editado


Por trás de um grande tenista há sempre um grande técnico. Talvez. É mais certo que haja um grande preparador físico. E isso graças basicamente a uma única pessoa: Pat Etcheberry. O chileno, radicado nos Estados Unidos, é o maior nome do condicionamento físico de tênis (e outros esportes como golfe, basquete e futebol americano) e por suas mãos já passaram inúmeras estrelas, como Pete Sampras, Andre Agassi, Monica Seles, Martina Hingis, Justine Henin só para citar poucos exemplos. Desde o início de 2008, ele cuida da preparação de outra número um, Jelena Jankovic, entrevistada desta edição.
Etche, como é conhecido por seus atletas, disputou provas de atletismo nas Olimpíadas de Tóquio, em 1968. No fim de sua carreira profissional, começou a se especializar na preparação física de atletas das mais diversas modalidades. No entanto, é no tênis que ele tem os resultados mais impressionantes. O preparador detém um recorde incrível de mais de 90 Grand Slams conquistados por tenistas enquanto trabalhavam com ele. Seguem perguntas da Revista Tênis:


Qual porcentagem do sucesso de um tenista depende da sua parte física?
Hoje, cada vez mais jogadores estão trabalhando a preparação física. O condicionamento tem importância vital. Mas, quando trabalho com um jogador, penso em como vamos trabalhar como uma equipe. Vou trabalhar a parte física, o treinador a parte técnica e toda a equipe tem que estar envolvida na preparação para ter sucesso. É minha responsabilidade deixar o jogador saudável. Mas também trabalho na forma correta de o atleta chegar à bola, pois, às vezes, ele tem uma ótima técnica de forehand, mas, se não for rápido o bastante para chegar bem na bola, não vai adiantar. Então, o preparador físico e o técnico têm que trabalhar juntos.


Você acredita que existe alguma relação entre um jogador ter uma boa preparação física e ter uma boa preparação mental?
Certamente. Se você está muito bem preparado no aspecto físico, isso não só lhe torna mais forte mentalmente como também coloca a pressão no seu adversário. Ele sabe que a parte física não vai ser um problema para você e, se você ganha o primeiro set, ele pensa: “Oh, oh, vai ser uma longa partida”. E ele sabe que você está mais preparado para isso do que ele.

fotos: AlphaImagem
Existem muitas diferenças entre o condicionamento físico para o tênis e para outras modalidades?
Em primeiro lugar, tênis é um esporte individual. Se você se cansar na quadra, não pode pedir substituição e colocar outra pessoa no seu lugar. Ao mesmo tempo, você tem que ser forte e também tem que ser muito rápido a cada 20, 25 segundos. Então, exige esta habilidade de jogar muitos pontos em um período curto de tempo e é assim que você tem que treinar: exercícios curtos e intensos.

É possível conciliar o trabalho de força e de agilidade de um tenista?
Sim. Se você olhar os jogadores top, eles são todos fortes. Então, você tem que analisar a sua massa para não perder agilidade na quadra. Este ano, Nadal está menor do que era antes e jogando melhor. Você sempre pode encontrar o que deve ser feito com seu jogador para torná-lo melhor.

Hoje, quem é o melhor jogador na parte física? Por quê?
Nadal é bom, mas acho que as pessoas subestimam Federer. Ele é melhor nisso do que as pessoas pensam. O modo como ele se movimenta na quadra é muito suave. Ele me lembra muito, fisicamente, o Sampras.

Quais as principais diferenças do trabalho com homens e mulheres na parte física?

Todos os jogadores são diferentes, homens e mulheres. Em um ano, comecei um trabalho, em março, com três jogadores ao mesmo tempo. Um, depois de três dias, falou que ia para casa e voltaria no final da semana. Nunca mais voltou. Este era o mais talentoso dos três. Os outros eram Jim Courier e Sampras. E no final de agosto, começo de setembro, Pete venceu o seu primeiro US Open. Falei: “Vamos checar o trabalho que foi feito”. Pete gastou 75% do seu tempo, de março a agosto, na academia. Ficando mais forte. Ao mesmo tempo, Courier gastou 26% do seu tempo na academia. Pete era muito fraco, tinha que ser mais forte. Eventualmente, com um jogador perfeito, trabalharia 33% no condicionamento, 33% com a movimentação e 33% com a força. Então, você adapta isso de acordo com a necessidade do jogador.

E você acredita que exista um biótipo ideal para os tenistas?
Justine Henin e Serena Williams. Há muita diferença. Às vezes, as pessoas ficam falando: “Queria ser mais alto, ser mais isso...”. Existem muitas pessoas talentosas, mas que não realizam as coisas porque não querem se sacrificar e não trabalham duro o suficiente para chegar lá. A determinação e o espírito de luta que você vê em alguns jogadores são mais importantes. Courier e Thomas Muster nunca foram os jogadores com mais facilidade de aprimorar a parte física, mas eram animais em quadra e nos treinos, pois sabiam que isto iria fazer a diferença. Então, sem desculpas. Desculpas não trazem resultados.

Qual a idade ideal para se iniciar o trabalho na parte física?
O mais cedo possível. Você pode adaptar o treino para a idade do menino ou da menina. Também depende do desenvolvimento de cada um. Mas quanto mais cedo você fizer exercícios de coordenação, movimentação, é melhor, porque muitas habilidades são desenvolvidas quando se é mais novo.

"Sempre trabalho no ponto fraco. Se um jogador tem um ótimo saque, você pode melhorar cerca de 0,5% deste golpe. Mas, se o backhand é ruim, você pode melhorálo em 5 ou 10%. Então, se você trabalha nas deficiências, pode fazer delas uma arma"

fotos: AlphaImagem
Você sempre diz que gosta de trabalhar nas fragilidades de seus atletas. Os jogadores reagem bem a isso?
Sempre trabalho no ponto fraco. Se um jogador tem um ótimo saque, você pode melhorar cerca de 0,5% deste golpe. Mas, se o backhand é ruim, você pode melhorá-lo em 5 ou 10%. Então, se você trabalha nas deficiências, pode fazer delas uma arma. Os jogadores têm que estar prontos para treinar as dificuldades. Quando começo o trabalho com um tenista, pergunto para ele o quão bom ele quer ser. Então, digo o que teremos que fazer para alcançar este objetivo. Se quiser fazer, ótimo. Se não, procuro outra pessoa para chegar lá.

Qual a importância do trabalho pós-jogo?
Ele é importante mental e fisicamente. Em Roland Garros, quando Courier ganhava e nós saíamos para caminhar logo em seguida, as pessoas pensavam que estávamos fazendo aquilo para nos exibir. Atualmente, todos os jogadores ficam uns 30, 45 minutos se recuperando. Quando se joga uma partida, seu corpo fica com uma hiperatividade. Você precisa relaxar para depois deitar na cama e ter uma boa noite de sono, para poder jogar uma boa partida no dia seguinte. Além disso, é muito importante que você pense sobre a partida, quais foram as decisões certas e erradas.






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sexta-feira, 2 de março de 2018

Tipos de quadras. Fonte: BemSacado

A DINÂMICA DE UM JOGO DEPENDE DE ONDE SE PISA!

DianaEntrei no mundo do tênis pisando em quadras rápidas. Adorava este tipo de piso, pois o jogo era bem rápido e as bolas voavam…. Depois de alguns anos e muitas horas de jogo, comecei a sentir meus joelhos.

Ainda era principiante, mas não era tão jovem. Jogando com pessoas mais experientes percebi que a grande maioria jogava no saibro. Resolvi, então, seguir os conselhos dos amigos e migrei para a quadra do pó (rss). Para quem não conhece o esporte ou não testou vários pisos de quadra de tênis, pode parecer que é um pequeno detalhe sem importância. Afinal de contas o esporte é o mesmo, não é? O tênis.

Bom, isto não é verdade. A dinâmica do jogo pode mudar e muito. A diferença está em como a bolinha quica em cada piso e a sua velocidade.

Veja, abaixo, a explicação do Professor Prado:

Existem diferentes pisos de quadra que proporcionam dinâmicas de jogos distintas. Você pode experimentar e escolher aquela que se adequa melhor ao seu jogo e condições físicas.

Quando mudei da quadra rápida para a de saibro senti muita diferença.  No saibro, as bolas são mais lentas. Normalmente, os tenistas têm mais tempo de se defender e as trocas de bolas são mais longas. Isso, sem contar o recurso de escorregar, facilitando em muito na chegada da bola. E é preciso ficar esperto, pois às vezes, a bola pode bater nos famosos morrinhos e desviar de direção.

quadra de saibrosaibrook

Existe uma quadra parecida com o saibro, chamada Hard Tru (não tem saibro e sim pó de pedra) que achei muito interessante. A quadra é um pouco mais dura que a de saibro, ou seja, as bolas são um pouco mais rápidas, com a grande vantagem de não sujar as meias. Vamos combinar que, quando jogamos no saibro, as meias ficam num estado lamentável sem contar os tornozelos que ficam marrons e cheios de pó…

hardtru (1)                           Quadra Hard-Tru

Durante uma viagem, resolvi experimentar uma quadra de grama. Quase morri! A bola voava e sentia ela muito baixa. Tinha que ficar, praticamente, de joelhos no chão para conseguir rebatê-las. Senti minhas coxas por dias. Depois desta experiência, dei muito mais valor aos jogos disputados em Wimbledon. Fico imaginando o físico que estes tenistas profissionais precisam ter para aguentar este piso.

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Após mudar para a Suiça, conheci e testei mais um piso diferente: o carpete. Parece o carpete que conhecemos para forrar o piso de casa, porém mais ralo. Eu, particularmente, não gostei, é um piso duro, onde a bola é bem rápida e rasteira. Haja perna…..

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É claro que cada um tem uma preferência. Novamente, vemos que a movimentação das pernas é fundamental (vide o nosso recente post https://bemsacado.com.br/2018/02/01/o-segredo-esta-nas-pernas/) para jogar em qualquer tipo de quadra. Mas a beleza de termos todas essas opções, é que  podemos nos adaptar a cada tipo de quadra, mudando completamente a dinâmica do jogo, tornando o tênis, um esporte mais que interessante, não é mesmo?