segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Etapa de São Marcos do CTSG.

     A cidade de São Marcos recebe a 9. etapa do CTSG - Circuito de Tênis da Serra Gaúcha.

     A charmosa Associação dos Motoristas São Marquenses aguardo os tenistas da serra para a etapa de São Marcos.

     PRESTIGIE !!!


domingo, 29 de outubro de 2017

A chegada do tênis ao Brasil.

Com a vinda dos ingleses para o Brasil no fim do século XIX para atuarem no processo de urbanização de São Paulo e Rio de Janeiro, eles não trouxeram apenas uma bola de futebol em suas bagagens. Junto, vieram algumas raquetes e bolinhas para jogarem tênis, ou seja, o esporte desembarcou por aqui no mesmo período em que o futebol.
É assim que foi escrito pelos técnicos e engenheiros das empresas Light e a São Paulo Railway.
Em 1892, o clube do São Paulo Athletic Club, fundado por ingleses, inaugurou as primeiras quadras de tênis brasileiras. Outros clubes do estado paulista também começaram a construir suas quadras, assim como clubes do Rio Grande do Sul.
No ano de 1904, foi realizado um torneio interclubes com atletas do São Paulo, do Tennis Club de Santos e do Paulistano.
No estado do Rio de Janeiro, somente o Fluminense tinha quadras de tênis e somente em 1916, o clube do Country Club, inaugurava suas quadras e apostava no esporte também.

O primeiro campeonato estadual disputado no Brasil, foi em São Paulo, em 1913, do qual, só seria conquistado por um brasileiro chamado Maercio Munhoz, em 1918, cinco anos depois da criação da competição que até então havia sido conquistada por atletas ingleses.

Em 1924, clube como o São Paulo Tênis Club acompanhado de mais nove clubes, fundaram a Federação Paulista de Tênis. Seis anos mais tarde a entidade já tinha 23 clubes filiados.

Em 1932, o Brasil estreava na Copa Davis com o melhor tenista brasileiro da época, Nelson Cruz, acompanhado de Ricardo Pernambucano, outro atleta de destaque na época.

Em 1938, o tenista brasileiro, Alcides Procópio, estreava em Wimbledon, na Inglaterra, marcando a primeira participação do Brasil nesta competição. Foi ele também o primeiro campeão brasileiro, em 1943, derrotando na final seu rival, Maneco Fernandes.


De Esther Bueno à Guga Kuerten
No dia 19 de novembro de 1955, com a criação da Confederação Brasileira de Tênis, o Brasil começava a acompanhar a evolução do tênis no mundo e teve grande desenvolvimento. Novas quadras eram construídas e tenistas campeões começavam a surgir no Sul e Sudeste do país. Os gaúchos começavam a se destacar e entrar no cenário que até então pertencia somente aos paulistas e cariocas que já eram consagrados na época.
De todos os talentos que tinham naquela época, Maria Esther Bueno, a maior tenista brasileira de todos os tempos, conseguiu um feito inédito em ser a número um do mundo nos anos de 1959, 1960, 1964 e 1966. Entre tantos títulos conquistados por ela, o destaque fica para os oito campeonatos vencidos em Wimbledon e o tetra campeonato no US open, o Aberto dos Estados Unidos. 
Alguns outros talentos no masculino, nesta mesma época, marcaram histórias, como foi no caso de Thomas Koch e Carlos Alberto Kirmayr.
Já na década de 1990, surgia o tenista Luiz Mattar, Cássio Motta, Fernando Roese e um pouco mais adiante Jaime Oncins foram os principais atletas até o meio desta década. Na segunda metade, o argentino naturalizado brasileiro, Fernando Meligeni, conhecido como “Fininho”, também conseguiu alguns feitos. Um deles foi a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Santo Domingo, na República Dominicana.

Em 1996, um catarinense, alto, desengonçado e de cabelos longos chamado, Gustavo Kuerten, começava a aparecer no cenário mundial. Em 1997, Guga, como é chamado, conquistou e entrou para a história do tênis brasileiro e mundial ao conquistar o Grand Slam de Roland Garros, na França. Esta façanha se repetiria nos anos de 2000 e 2001, o que o tornou tri campeão da competição.
Depois de Guga, o Brasil ainda procura um outro grande ídolo. Porém, enquanto ainda não aparece este tenista, o país continua crescendo como esporte e cada vez mais ele vem sendo praticado por novos jovens.
 fonte: http://travinha.com.br/

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
– LIVRO: Almanaque dos Esportes, Editora Europa, 2009.
– LIVRO: A História dos Esportes, Orlando Duarte, 4ª ed. Editora Senac, SP, 2004.
– LIVRO: O Guia dos Curiosos: esportes 3ª ed. Marcelo Duarte, Editora Panda Books.
– LIVRO: Fique por Dentro – Esportes Olímpicos, Benedito Turco. – Rio de Janeiro. Casa da Palavra: COB, 2006.
– LIVRO: O que é tênis, Silva Silveira, Armando Freitas. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra: COB, 2009.
– SITE: Confederação Brasileira de Tênis – http://www.cbtenis.com.br/
– SITE: Federação Internacional de Tênis – http://www.itftennis.com/
– SITE: Federação Paulista de Tênis – http://www.tenispaulista.com.br/

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Tennis Vintage relembrando a história no WhatsApp !


Grupo do WhatsApp chamado Tennis Vintage resgata a história do tênis, através da contribuição de tenistas que fazem e fizeram história no esporte.

Participe você também. Basta usar a URL abaixo ou leia o QRCode pelo seu smartphone:



AVISO: Não serão tolerados quaisquer outros assuntos. Exclusão imediata. 





quarta-feira, 18 de outubro de 2017

48º Banana Bowl será novamente em Caxias do Sul !

A edição de nr. 47 já havia ocorrido em Caxias do Sul em conjunto com Criciúma.


Caxias do Sul (RS) – O clube Recreio da Juventude prepara-se para sediar, entre os dias 14 a 24 de fevereiro, a 48ª edição do Banana Bowl, o mais tradicional torneio da América do Sul. 
  
Esta será a segunda vez que a competição será realizada no Rio Grande do Sul, em Caxias do Sul.

Foto: Recreio da Juventude, Caxias do Sul



HISTÓRIA

     O Banana Bowl foi criado em 1968, durante o congresso do Campeonato Sul-americano, em Caracas, Venezuela. O nome Banana foi sugerido por Alcides Procópio, então presidente da Federação Paulista de Tênis, que gostaria de criar uma versão tropical do Orange Bowl. 

     “Já que copiamos tudo dos Estados Unidos e eles têm o Orange Bowl, então nós teremos o Banana Bowl”, disse Procópio em 1998 ao lembrar da criação do evento. 
Alcides Procópio criou o Banana Bowl durante um congresso da COSAT em 1968 na Venezuela
Alcides Procópio criou o Banana Bowl em 1968

     No início, o nome provocou comentários bem humorados e muita brincadeira, mas logo o evento ganhou popularidade e outros países sul-americanos se juntaram aos quatro fundadores: Brasil, Argentina, Peru e Bolívia. O primeiro torneio não oficial, foi em 1969, no Esportes Clube Pinheiros, em São Paulo, com tenistas desses quatro países. O campeão masculino foi o argentino Roberto Graetz e a campeã da chave feminina foi a brasileira Marlene Flues.
     Em 1970, aconteceu o I Banana Bowl, no Clube Paineiras do Morumby. Nos anos de 1971 e 1974, o torneio teve como sede a Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto. Até 1975, apenas tenistas sul-americanos participaram do torneio. Em 1972, 73, 75 e 77, a cidade de Santos recebeu a competição e em 1978, o torneio voltou para a capital paulista. Um dos grandes marcos do torneio aconteceu em 1977, quando se iniciava uma rivalidade histórica do tênis mundial entre o americano John McEnroe e o tcheco Ivan Lendl, adversários na final disputada no Tênis Clube de Santos, com vitória de McEnroe, que no mesmo ano ganharia seu primeiro Grand Slam nas duplas mistas de Roland Garros, além de alcançar a semifinal de simples em Wimbledon.
Sete anos depois da primeira edição, o Banana Bowl ganhou maioridade com a participação de tenistas da França, Espanha e Japão. Nos anos seguintes, o número de países participantes aumentou, chegando a 16 em 1979.
     No início, o predomínio era brasileiro e argentino, mas logo em seguida, outros sul-americanos passaram a lutar de igual para igual, como Uruguai, Equador, Venezuela e Chile.
     Quando o torneio ganhou peso internacional, jogadores de talento passaram a disputar o Banana Bowl e alguns dos melhores tenistas profissionais do mundo passaram pelo Brasil e conquistaram o título do campeonato, ainda como juvenis, entre eles o norte-americano John McEnroe, o tcheco Ivan Lendl, a argentina Gabriela Sabatini, o austríaco Thomas Muster, os argentinos José Luis Clerc, Mariano Zabaleta, o francês Yannick Noah, a eslovaca Dominika Cibukova, a russa Svetlana Kuznetsova, a sérvia Ana Ivanovic e os brasileiros Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, Andrea Vieira, Jaime Oncins, Flávio Saretta, Thomaz Bellucci, Teliana Pereira e muitos outros.
O austríaco Thomas Muster levantou o troféu em 1984, o brasileiro Gustavo Kuerten levou o título em 1992, na categoria 16 anos. Nomes como o do peruano Luís Horna (97), do chileno Fernando Gonzalez (98), de Gilles Muller, de Luxemburgo (2001), de Marcos Baghdatis (2002) e até mesmo do norte-americano Andy Roddick (2000), também foram campeões em terras brasileiras. Na categoria 16 anos, o argentino Juan Martin Del Potro ficou com o vice-campeonato após perder para o brasiliense Raony Carvalho em 2003.

Raony Carvalho (à direita) venceu Juan Martin Del Potro na final de 16 anos em 2003
Raony Carvalho (à direita) venceu Juan Martin Del Potro na final de 16 anos em 2003

     Depois de passar por São Paulo, Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos e Guarulhos, o Banana Bowl trocou o estado de São Paulo por Santa Catarina em 2009, quando foi realizado em Florianópolis, no Lagoa Iate Clube. Em Santa Catarina o torneio ainda passou por Blumenau, Gaspar e Itajaí, no Itamirim Clube de Campo, onde foi realizado nos últimos três anos. Em 2014 o Banana Bowl retorna ao território paulista em São José do Rio Preto, cidade que recebe pela primeira vez o torneio.
     A última vez em que conquistamos o título masculino de 18 anos foi com Eduardo Oncins, o irmão mais velho de Jaime, na final que fez diante de Edvaldo Oliveira, em 1981. Curiosamente, Fernando Meligeni, ex-capitão da equipe brasileira da Copa Davis e medalha de ouro no Pan-americano de Santo Domingos, poderia ter encerrado essa longa espera em 89, quando ganhou o Banana Bowl. Mas ele ainda disputava o circuito internacional pela Argentina. Nesse ano, Meligeni chegou a liderar o ranking mundial e terminou a temporada em quarto lugar.
No feminino, a falta de títulos já dura 22 anos. A última campeã foi Roberta Burzagli, que conquistou o torneio de 91, em Santos.

DESTAQUES E CURIOSIDADES
O Brasil no Banana Bowl (18 anos)
Campeões:
1969 – Marlene Flues
1970 – Joaquim Filho e Beatrice Chrystman
1971 – Roger Guedes e Andréa Menezes
1973 – Flavio Arenzon e Patrícia Medrado
1974 – Eddie Pinto
1975 – Celso Sacomandi
1979 – Claudia Monteiro
1981 – Eduardo Oncins
1983 – Silvana Campos
1986 – Gisele Miró
1988 – Andréa Vieira
1991 – Roberta Burzagli
2014 – Orlando Luz
2015 – Orlando Luz
John McEnroe foi o campeão do Banana Bowl em 1977
John McEnroe venceu o Banana em 1977

     A estrela argentina Gabriela Sabatini foi bicampeã do Banana Bowl. Gabi venceu a categoria 14 anos em 1983, derrotando a norte-americana Amy Schwartz, e repetiu o título em 84, na mesma categoria, vencendo a brasileira Cláudia Chabalgoity. Pouco depois conquistou o título do US Open.

     A lista dos jogadores que estiveram ou estão entre os melhores do ranking mundial, tanto no masculino como no feminino, e que também fizeram história no Banana não se resume a Lendl, McEnroe, Sabatini e Muster. Alguns deles: Victor Pecci (Paraguai), campeão em 1972; José Luis Clerc (Argentina), campeão dos 18 anos em 1976; Helena Sukova (Tchecoslováquia), campeã dos 18 anos em 81; Martin Jaite (Argentina), campeão dos 18 anos em 82; Alex Antonisch (Áustria), vice-campeão dos 18 em 84; Gilbert Schaller (Áustria), campeão dos 18 anos em 86; Mercedes Paz (Argentina), vice-campeã dos 18 anos em 83; Ines Gorrochategui (Argentina), vice-campeã dos 16 anos em 89; Jaime Izaga (Peru), campeão dos 16 anos em 83.


Roberta Burzagli, campeã do Banana Bowl em 91

     Duas rivalidades femininas ficaram marcadas no Banana Bowl por tenistas brasileiras. A gaúcha Niege Dias e a paulista Silvana Campos se enfrentaram nas finais de 14 e 16 anos, com vitórias de Niege Dias nas duas. Porém, na categoria 18 anos, Campos levou a melhor e foi a única brasileira bicampeã do torneio. Silvana Campos foi casada com o ex-jogador de futebol Sócrates, falecido em 2011. Outra rivalidade foi entre a carioca Ana Clara Duarte e a paulista Roxane Vaisemberg, que em 2001 teve vitória de Ana Clara na categoria 12 anos, com Roxane Vaisemberg vencendo na categoria 14 anos em 2003.

     Neto do criador do Banana Bowl, Luiz Procópio Carvalho teve a oportunidade de competir no torneio duas vezes na chave de 18 anos, a principal. Hoje diretor do Rio Open, Lui furou o qualifying em 1998 e 1999, perdendo na primeira rodada em ambas as edições.
Um dos maiores tenistas do mundo na atualidade, o francês Jo-Wilfried Tsonga não teve muito sucesso em sua única participação no Banana Bowl. Em simples, Tsonga foi derrotado na última rodada do qualifying pelo colombiano Carlos Salamanca e nas duplas parou logo na primeira rodada ao lado de Mathieu Moncourt na partida contra o russo Teymuraz Gabashvili e o argentino Lionel Noviski.
     Além de Tsonga, há uma grande lista de tenistas de sucesso que passaram pelo Banana Bowl sem o mesmo brilho atingido posteriormente na carreira como profissional. Um dos primeiros casos foi o do francês Yannick Noah, que perdeu nas quartas de final de 1976 para o brasileiro Celso Sacomandi. Anos depois, em 1983, Noah se tornaria o último francês a vencer Roland Garros em simples.
Outro campeão de Grand Slam que não conseguiu o título de 18 anos do Banana Bowl foi o equatoriano Andrés Gomez, que na categoria principal foi vice-campeão de duplas em 1978. Campeão de duplas no US Open de 1988 e em Roland Garros no ano de 1990, o espanhol Sergio Casal foi vice-campeão de duplas do Banana Bowl em 1980.
Antes de alcançar o número 1 do mundo na WTA e de conquistar os títulos do Australian Open e Wimbledon, a francesa Amelie Mauresmo disputou o Banana Bowl e não conseguiu passar das quartas de final na 26ª edição, em 1996.
     Vice-campeão de Wimbledon em 2002, o argentino David Nalbandian estava competindo no Banana Bowl quatro anos antes de seu melhor Grand Slam da carreira. Mas no torneio brasileiro, acabou derrotado nas semifinais. Outro ídolo argentino, o vice-campeão de Roland Garros Guillermo Coria parou duas vezes nas quartas de final do Banana Bowl, em 1998 e 1999.
Campeã de Wimbledon em 2013, a francesa Marion Bartoli passou pelas quadras do Banana Bowl 12 anos antes e acabou derrotada nas quartas de final quando era a principal favorita ao título. Outra campeã de Grand Slam sem sucesso no torneio brasileiro juvenil foi a sérvia Ana Ivanovic. Ainda defendendo a antiga Iugoslávia, em 2002, Ivanovic perdeu nas quartas de final do Banana. Seis anos depois, ela venceu Roland Garros e chegou à liderança do ranking WTA.
     O polêmico italiano Fabio Fognini, campeão de duplas no Australian Open em 2015, foi mais um grande nome do tênis a cair nas quartas de final do Banana Bowl, em 2003. A eslovaca Dominika Cibulkova esteve duas vezes no Brasil para disputar o Banana Bowl. Na primeira, caiu logo na estreia em 2004. No ano seguinte, foi eliminada nas semifinais.

Eugenie Bouchard no Banana Bowl de 2009
Eugenie Bouchard no Banana Bowl de 2009

     Vice-campeão do US Open em 2014, o japonês Kei Nishikori é mais um tenista que simboliza a grande tradição da participação japonesa no Banana Bowl, iniciada ainda nos anos 70. Ele competiu no torneio em São José dos Campos, no ano de 2005, e perdeu na segunda rodada, assim como a alemã Sabine Lisicki, participante da mesma edição.
Outros nomes importantes do tênis atual também passaram pelo Banana Bowl como o búlgaro Grigor Dimitrov, o belga David Goffin, a francesa Kristina Mladenovic, a britânica Johanna Konta e o alemão Alexander Zverev, todos sem conquistar títulos. A canadense Eugenie Bouchard foi mais uma que esteve no tradicional torneio brasileiro em duas oportunidades, em 2009 e 2011, e não conseguiu o título em simples, mas conseguiu voltar para casa com o troféu de duplas conquistado em Blumenau-2011, em uma das edições catarinenses do torneio nascido no estado de São Paulo.
Um longo jejum de 33 anos sem títulos de brasileiros na categoria 18 anos marcou durante um longo período os tenistas do país que disputaram a chave masculina. Durante este período, vários nomes importantes do país competiram no torneio, como Flávio Saretta, Ricardo Mello, Thomaz Bellucci, Bruno Soares, Marcelo Melo, Thiago Alves, João Souza, Rogerio Dutra Silva, entre outros, mas nenhum deles conseguiu o troféu de simples na categoria principal.

Orlando Luz foi o primeiro bicampeão de 18 anos masculino na história do Banana Bowl
Orlando Luz foi o primeiro bicampeão de 18 anos masculino na história do Banana Bowl

     Após vários tenistas tentarem, o gaúcho Orlando Luz finalmente encerrou o jejum ao ganhar uma final 100% brasileira contra o mineiro João Menezes em São José do Rio Preto. No ano seguinte, Luz entrou para a história ao se tornar o único tenista bicampeão da chave masculina de 18 anos, novamente em uma final brasileira contra o paulista Igor Marcondes, desta vez em São José dos Campos.
     Meses depois de obter o segundo título do Banana Bowl, Orlandinho alcançou  pela primeira vez o número 1 do mundo no ranking juvenil da Federação Internacional de Tênis (ITF). Já em transição para o circuito profissional, o gaúcho não tentará o tricampeonato, deixando assim a certeza de que teremos um campeão inédito na chave masculina de simples na edição 2016.

Fonte: https://bananabowl.org/history/

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Clínica de Verão 2018 no Costão do santinho-FLORIPA !







PROMOVEM:


Clínica de Verão no Costão do santinho !


Excelente programa familiar com muito tênis para todos os níveis em um lugar fabuloso.
De 07 a 14 de janeiro com Glauco Pereira (Play Tenis SP)  e staff.
. Treinamentos, jogos e palestras.
. Grupos divididos; Nível técnico, sexo e idade.
. Dinâmicas e jogos interativos de simples e duplas.
. Aperfeiçoamento técnico e competitivo.
. Desenvolvimento estratégico e preparação psicológica.




Assista o vídeo de uma clínica já realizada:



quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Super Tenis RS em Lajeado.

     Torneio em Lajeado será realizado de 13 a 15 de Outubro.

Inscrições podem ser feitas pelo link:

http://www.tenisintegrado.com.br/torneio_painel_info/index/8663

     A turma de Lajeado sempre recebe muito bem os atletas e familiares. O clube é fantástico e o torneio é de muito bom nível. Prestigie !!



A HISTÓRIA E A EVOLUÇÃO DA RAQUETE DE TÊNIS

International Tennis Hall of Fame and Museum (Foto: Ariana Brunello)International Tennis Hall of Fame and Museum (Foto: Ariana Brunello)
Dos primeiros bastões de madeira à tecnologia dos modelos de hoje, a raquete é um acessório indispensável na vida de qualquer tenista. Mas, para se chegar aos padrões atuais, muitas mudanças foram feitas ao longo dos anos. Então, que tal um passeio pelas várias etapas da evolução da raquete?
Segundo a história, jogos que utilizam bola surgiram no ano 3000 aC com os egípcios. Já os gregos praticavam um esporte muito parecido com o tênis, mas sem raquete, 500 anos antes de Cristo.
Bola de couro de carneiroBola de couro de carneiro (Foto: larsdatter.com)
No século 14, a regra do jogo era bater na bolinha, preenchida com lã e coberta por pele de carneiro, com as mãos. Mais conhecida como “Jeu de Paume” (Jogo de Mão), a modalidade que logo evoluiu para o tênis moderno, era praticada nas ruas e pátios no sul da Europa, especialmente na Itália.
Para evitar as unhas quebradas e o inchaço nas mãos, os jogadores começaram a usar uma luva e, no final do século 15, surgiu o battoir, uma peça de madeira esculpida com um cabo e uma cabeça oval.
Luva e battoir Luva e battoir (Foto: Ariana Brunello)
As primeiras raquetes encordoadas foram documentadas no Trattato del Giuco della Palle (Tratado sobre o Jogo da Bola), escrito por Antonio Scaino em 1555. Feitas com uma peça de madeira compensada, elas tinham 150 cm de comprimento. As duas extremidades eram ligadas ao cabo, coberto com pele de carneiro. O encordoamento era diagonal e as cordas feitas de tripa de ovelha.
Ao longo dos séculos 18 e 19, a evolução da raquete continuou a todo vapor, mas os princípios básicos permaneceram. A mudança mais radical veio em 1860: foram colocadas cordas verticais e horizontais da mesma largura e entrelaçadas do jeitinho que são até hoje. O poder e a força, enfim, chegavam ao tênis.
Evolução da RaqueteEvolução da Raquete (Foto: Ariana Brunello)
A partir daí, as raquetes foram instituídas no Lawn Tennisassociação fundada para padronizar as regras e organizar as competições, pelo major Walter Wongfield, em 1874. No primeiro torneio de Wimbledon, em 1877, notou-se a evolução do nível dos jogos e, com isso, as fábricas começaram a produzir raquetes em larga escala. As mudanças estavam no formato da cabeça, design, tensão das cordas, padrões de encordoamento, cabo e aderência.
A produção, originária da Grã-Bretanha, logo se espalhou pela Europa e América. Bancroft, Spalding, Wright & Ditson e Wilson nos Estados Unidos. Gebruder Hammer e Becker gmbh na Alemanha. DarsonvalWilliams & Co na França. Staub & Co na Suíça. Prosser, Ayres, Dunlop, Bussey, F.A.Davis, Slazenger e Gardiner Bros na Grã-Bretanha.
De 1918 a 1925, após o lançamento sem sucesso da raquete de aço, os modelos de metal reapareceram com a Courtland, Birmal e Dayton. Mas os profissionais continuaram com suas raquetes de madeira, como a Spalding Top-Flite usada pelo americano Bill Tilden e a Dunlop Maxply,  que se tornaria um dos modelos mais populares do mundo e um dos primeiros com material multi-laminado, garantindo mais resistência, rigidez e flexibilidade.
Bill Tilden Bill Tilden (Foto: fixquotes.com)
DUNLOP MAXPLYDunlop Maxply (Foto: tennisboutique.com)
Outra mudança na década de 1930 foi a utilização de couro de carneiro na empunhadura, por ser menos escorregadio. Especialistas em encordoamento como Bow Brand, Babolat Maillot e Victor também apresentaram novidades. A corda de tripa natural ainda era a mais popular, mas as de fibra sintética como o nylon, vieram como uma opção mais durável.
Entre os anos 1950 e 1970,  marcas maiores como Wilson, Dunlop, Slazenger e Donnay começaram a dominar o mercado. Principalmente depois que Jimmy Connors ganhou o título de simples em Wimbledon 74 com a Wilson T-2000, feita de metal. Em 1987, o fim de uma era: não havia mais nenhum jogador com raquete de madeira no All England Club.
wilson t2000Wilson T-2000 (Foto: etsy.com)
Com a profissionalização do esporte, a partir da Era Aberta em 1968, surgiram muitos torneios e os grandes investimentos levaram a um crescimento significativo da indústria, inclusive no países orientais. A raquete de alumínio, produzida em grande quantidade, com rapidez e baixo custo, era um subproduto da época.
Para limitar o número de patentes, a Federação Internacional de Tênis criou o primeiro estatuto de regras sobre as dimensões da raquete e a configuração do encordoamento. 
Na década de 1980, os fabricantes introduziram a tecnologia de fibra de vidro moldado. A Dunlop 200G, usada por John McEnroe, foi um dos modelos mais conhecidos. O próximo material lançado foi a fibra de carbono ou fibra de grafite, como a Prince Graphite e a Wilson Pro Staff.
Dunlop200gJohn McEnroe e a Dunlop 200G (Foto: Tennis Warehouse)
Em 1984, Siegfried Kuebler substituiu a seção transversal normal da cabeça da raquete por uma mais fina e com perfil amplo. Resultado: uma raquete leve, mas com a cabeça pesada, aumentando a potência sem perder a capacidade de manobra ou estabilidade. Este é o modelo ainda usado na atual fabricação das raquetes.
patentePatente Siegfried Kuebler (Foto: Divulgação)
Até onde a raquete de tênis vai chegar? Difícil saber. Por enquanto não há materiais novos no mercado, mas uma coisa é certa: a tecnologia sempre vai avançar.
Quer saber mais sobre o assunto? Aqui vai uma dica de leitura: “Book of Tennis Rackets” de Siegfried Kueber.
livro raquetes“Book of Tennis Rackets” de Siegfried Kueber
Fontes: Wimbledon Lawn Tennis Museum e International Tennis Hall of Fame and Museum, que apresentam uma exposição completa sobre a história da raquete de tênis. 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Simplesmente, Thomaz Koch. O rei da Copa Davis.



     Thomaz começou a praticar o tênis com cinco anos de idade, na Associação Leopoldina Juvenil, que ficava quase em frente a sua casa, em Porto Alegre.
     Em 1963, aos 18 anos, era o melhor tenista do mundo em sua idade e chegou às quartas-de-final do US Open. Ganhou uma série de grandes torneios internacionais, entre os quais o de Barcelona em 1966, em cima de Manuel Santana, e o torneio de Washington, em cima de Arthur Ashe. Alcançou ainda as quartas-de-final de Wimbledon em 1967, e de Roland Garros em 1968, e foi campeão de duplas mistas em Roland Garros em 1975.

     Koch também ganhou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1967 em Winnipeg, em simples e em duplas masculinas.
     Na década de 1970 deu inúmeras vitórias e títulos ao Clube de Regatas do Flamengo, dentre eles o segundo tricampeonato estadual, conquistado em 1976, 1977 e 1978.

     Enfrentou grandes dificuldades durante sua carreira; nos anos 1970 um problema de hérnia de disco arruinou seu jogo de saque e voleio, mas mesmo assim ainda conseguiu, no ano de 1974, a sua melhor posição no ranking mundial, terminando a temporada como número 24 do mundo. Por razões financeiras, nunca jogou o Aberto da Austrália.
Na foto, com Laver (esq.) na inauguração de quadras em Porto Alegre.

     É o maior jogador da história do Brasil em competições entre países e uma lenda quando se fala em Copa Davis. Em 16 anos de disputa, foram 118 jogos, com 74 vitórias (46 em simples e 28 em duplas). 
    Até hoje, ele é oitavo maior vencedor de todos os tempos da Copa Davis. Ao lado do parceiro de quadras e amigo Edison Mandarino, fez uma dupla inesquecível, conquistaram 23 vitórias e foram derrotados em apenas nove oportunidades.



Vejam o que CARLOS GOFFI*  fala sobre Thomaz Koch:



"Caro amigo Stuani: Muito merecido crédito ao "líder do movimento Tenis Brasileiro". Durante as décadas de '60 e '70, ele chegou a influenciar milhares de jogadores incluindo ícones mundiais do esporte como Vilas, Borg e McEnroe. 
     Um parêntesis - Após vencer o Orange Bowl, ainda "guri naqueles tempos", recebeu um WC na chave de Caracas aonde venceu o então #1 do mundo, Roy Emerson. 
     Possivelmente, o único a conseguir isto no tênis. Em termos atuais, o consagrado campeão juvenil mundial ganhando do Rafa ou do Fed num torneio ATP. Dai para frente, conseguiu muito mais dentro e fora das quadras para promover o tênis Brasileiro sendo respeitado mundialmente pelos seus peers como jogador e como a grande pessoa quem ele e'! 
     Em nome de muitos jogadores Brasileiros, agradecemos você, estimado TK, pelo seu incentivo ..... ainda estamos dentro do nosso grande jogo pelo seu exemplo."


* Carlos Goffi, autor de best-sellers sobre tênis e renomado técnico de juvenis, nasceu no Brasil, mas mora em Orlando, na Flórida, há mais de 30 anos, tendo adquirido enorme experiência em várias atividades que exerceu no tênis. Goffi começou a jogar com 5 anos de idade na escolinha do Clube São Paulo, na capital, onde seu pai era presidente. Teve carreira internacional bem sucedida como juvenil, representando o Brasil, e foi um dos pioneiros brasileiros a fazer o colegiado nos EUA jogando tênis. Estudou e jogou pela Universidade Corpus Christi, no Texas, e na Universidade de Kansas e graduou-se em Psicologia e Administração de Empresas.